Descendente de italianos, aos 72 anos, Joanir Zonta é o mais novo de quatro irmãos. Filho de Faustina e de João Zonta, nasceu no bairro do Umbará, em Curitiba, e começou a trabalhar cedo. Aos 6 anos, ajudava a mãe na cozinha; aos 7, já vendia frutas do próprio quintal.

‍Da infância até a posição que ocupa hoje, frente à presidência do Grupo Zonta, ele já trabalhou em abatedouro, ajudou em areal, carregou tijolos em olaria e dirigiu caminhão. Tudo isso antes de iniciar e seguir a carreira de comerciante.
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"Não tínhamos luz, não tínhamos geladeira, nada. Tinha que matar os porcos, fazer tudo durante o dia: descarnar, derreter a banha e fazer linguiça. Não tinha como deixar para o dia seguinte”.

O caminho de vida e desenvolvimento profissional sempre foi de muito esforço e trabalho. Nunca foi fácil, ao contrário, ele passou por períodos de muita escassez. Chegou a passar fome.
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“Minha mãe trocava os ovos por fubá com o fubazeiro Simá, que passava vendendo na carroça. Nossa comida era polenta pura. Teve época em que os ovos não eram o bastante para comprar o fubá”.

As coisas começaram a mudar para a família Zonta na década de 1970. À época, seu Joanir era sócio de um irmão e do pai em um abatedouro. Ele e o pai dividiam metade da empresa; cada um tinha 25%.
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“Meu pai falou: ‘Dentro da sociedade, 50% são do Nildo, 25% são meus e 25%, do Joanir’. Nesse momento, fiquei sabendo que eu era sócio mesmo. Para mim, eu só estava trabalhando com meu pai”.

Em 1973, a empresa fechou. Não foi possível se adequar às exigências da legislação da época. Joanir comprou novamente um caminhão e voltou a transportar areia, atividade que também já não era mais rentável. Então, em 1974, de uma conversa com irmão mais velho, ele ficou sabendo sobre uma nova oportunidade.
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“Ele me falou que tinham lhe oferecido o mercado Biazi, na Avenida Winston Churchil, no Pinheirinho”.

O homem que, quando criança, teve que deixar a escola aos 12 anos para se dedicar ao trabalho, trabalhou tanto que não parou até hoje. Por isso, crescemos. Por isso e, é claro, pela visão estratégica que sempre teve nosso fundador.

Desde a primeira loja, seu Joanir já tratou de investir em outras atividades – quando montou uma cozinha industrial no canteiro de obras da Petrobras, em Araucária. Da época em diante, ganhamos novas lojas, diversificamos os nossos negócios, viramos grupo e hoje temos até uma instituição de ação social para nunca perder o nosso foco e sempre lembrar das origens.
Seu Joanir vendeu o caminhão, mais um opala que tinha e completou com a ajuda que veio da família. O negócio deu certo e foi o nosso começo. O recém-adquirido mercado foi rebatizado de Condor.